Em cada passo que ele dava
Escutava um eco assombroso,
Era perseguido em sã estado
Pela mente que protestava pecados,
E se libertar desse infortuno dilema
Não fazia parte de sua intenção,
Acontece que ele não procurava por nenhum perdão.
Era um masoquismo, composto por muita ironia
Uma alma solitária arranjou na culpa companhia...
Andava pelas ruas em dias ensolarados
Enxergando neblinas e um céu nublado,
Se sentia confortável em ser excluído
Afinal se deu esse próprio castigo,
Se é errado, muitos palpitavam
Mas pra infelicidade de todos
Ele não ligava,
Só procurava seus olhos opacos
Ser por inteiro remendado
E procurar na vida ser consumado
Tanto quis, tanto fez
Que encontrou seu final
Uma ponte e um rio
Um sorriso, um suspiro
Um fúnebre dia de contexto certeiro
Se afogou por inteiro como ultimo desejo.